O que nunca fazer em um projeto de detalhamento de interiores

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O projeto de detalhamento de interiores de um comércio ou residência é algo que merece bastante atenção. Assim como ele pode ajudar a criar espaços incríveis e confortáveis, também pode torná-los pouco funcionais, carregados ou cansativos.

Não atender corretamente às demandas e expectativas do cliente pode prejudicar a imagem do profissional e impactar até mesmo no retorno financeiro do projeto. Confira a seguir erros comuns que nós da Projetou acreditamos que nunca devem ser cometidos em um projeto de detalhamento de interiores.

Pouco espaço para a circulação de pessoas

Uma parte fundamental do projeto é manter um bom espaço livre para a circulação. Entre móveis, bancadas e itens decorativos a recomendação é que haja uma distância mínima de 60 a 80 cm.

Ter sempre em mente o local por onde as pessoas vão entrar e sair dos cômodos pode ajudar a dispor melhor o ambiente, garantindo que possa haver circulação livre sem maiores constrangimentos. Afinal, de nada adianta ter um espaço cheio se você não consegue andar por ele.

Posição inadequada da televisão

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Muitos profissionais se esquecem que a televisão é um dos objetos que faz parte do projeto, especialmente se for instalada em um painel. Isso porque a posição pode influenciar a visão e até mesmo a ergonomia do ambiente.

Aparelhos muito baixos ou muito altos podem ser extremamente desconfortáveis. Recomenda-se que, na sala, o aparelho esteja a cerca de um metro do chão, enquanto que em dormitórios essa altura seja um pouco maior, de 1,30 m.

Quartos desconfortáveis

O quarto é, sem dúvidas, um dos ambientes residenciais que exige mais cuidado ao planejar, por envolver o sono. Ele precisa ser agradável, favorecer o relaxamento e oferecer uma boa noite aos moradores.

Pensando nisso, alguns pontos são fundamentais, como o uso de cores claras nas paredes, a iluminação adequada e a ausência de exageros em cores, estampas e principalmente em itens do mobiliário.

A presença de espelhos no quarto também pode gerar problemas. O mais indicado é instalar os espelhos nas laterais da cama para haver amplitude no ambiente e promover o relaxamento adequado.

Problemas com a iluminação

Aqui, os erros podem ser vários. O arquiteto precisa dar atenção especial à iluminação de todo o projeto, para entregar uma construção aconchegante, agradável aos olhos e, acima de tudo, funcional e que atenda às necessidades do cliente.

Um problema bastante comum é o foco apenas na iluminação direta do ambiente. Apesar de necessária para clarear superfícies, esse tipo de iluminação pode ser cansativa, por ser muito contrastante. A luz indireta, que é uniforme e difusa, tem efeitos bastante agradáveis e confortáveis visualmente. Saber usar pontos de luz, painéis iluminados, detalhes no chão e outros é uma maneira de agregar ainda mais para seu projeto.

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Outro ponto de atenção da iluminação é a cozinha. Para facilitar o preparo de alimentos, a higiene e até mesmo por segurança, o ambiente requer iluminação clara e técnica. Por isso, é necessário posicionar luminárias estrategicamente, como acima de todas as bancadas ou estações. A cor da lâmpada também é importante: a melhor iluminação para cozinha é a de cor branca neutra, pois esta ajuda a focar nas tarefas manuais.

Não otimizar o planejamento da cozinha

Novamente falando da cozinha, esse cômodo costuma trazer muitos problemas. Toda cozinha possui um triângulo funcional que deve ser respeitado, que tem como arestas a pia, a geladeira e o fogão.

O trajeto entre estes itens deve ser livre de obstruções e o mais fácil de acessar possível. A ordem lógica usada como referência é a em que o alimento está na geladeira, é manipulado na pia e depois levado ao fogo.

Uma regra básica considerada por muitos projetistas para otimizar a cozinha é que o perímetro desse triângulo não deve ser menor que 3 m ou acima de 7,5 m. Isso significa que perímetros pequenos podem dificultar a presença de mais de uma pessoa no ambiente ou a distribuição adequada das tarefas. Já um perímetro muito grande pode tornar o preparo dos alimentos exaustivo, com os equipamentos muito distantes uns dos outros.

Utilizar materiais de revestimento inadequados

A escolha do revestimento interno não é apenas um detalhe visual e parte da decoração de um ambiente. Ele é parte importante do projeto de interiores e o profissional deve ajudar o cliente a encontrar as melhores soluções sob diversos aspectos, como umidade, temperatura, acústica e outros. Deve-se considerar ainda a praticidade, facilidade de limpeza, resistência e durabilidade dos materiais.

Os revestimento inadequados podem causar uma série de problemas. Um exemplo disso são os pisos escorregadios em áreas molhadas, como no banheiro. É importante que o piso desse ambiente evite quedas. Já na cozinha, além de evitar acidentes, o material não pode ser rugoso para que não haja adesão de gordura dos alimentos.

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Outro ponto que nunca deve ser feito em um projeto de interiores é a utilização de materiais inapropriados para paredes onde há umidade, instalações hidráulicas ou exposição à água, como na praia. É importante optar por produtos resistentes à umidade nas paredes, como cerâmicas esmaltadas, tintas impermeabilizantes e vernizes. Outra recomendação é a utilização de esmaltes e vernizes com proteção microbiológica em janelas e portas, para evitar mofos e bolores.

Comunicação ineficiente entre arquiteto e cliente

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Por último, esse é sem dúvidas algo que jamais pode acontecer em um projeto. A falta de comunicação pode gerar grandes problemas, desentendimentos, atrasar a entrega e causar a insatisfação do cliente.

Uma boa comunicação entre o contratante e o arquiteto significa entender exatamente o que o cliente deseja e discutir com ele todas as etapas do projeto. Esse tipo de contato é muito mais assertivo e efetivo, além de que um bom relacionamento garante que o trabalho flua da melhor maneira possível. Por isso, invista no diálogo e procure ser transparente.

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